terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Panorama da Carta aos Romanos



Autor: Paulo                           Data: 58 d.C.
Mais formal que as demais cartas de Paulo, A Carta aos Romanos apresenta de maneira sistemática a Doutrina da Justificação pela fé (e suas ramificações). O tema da epístola é a justiça de DEUS (1.16-17). Nela, várias doutrinas fundamentais da fé cristã são apresentadas: a revelação natural (1.19-20), a universalidade do pecado (3.9-20), a justificação (3.24), a propiciação (3.25), a fé (cap. 4), o pecado original (5.12), a união com Cristo (cap. 6), a eleição e rejeição de Israel (caps. 9-11), os dons espirituais (12.3-8) e o respeito às autoridades (13.1-7) como se pode ver na apresentação abaixo:
Conteúdo Sistemático

1.       Saudação e Apresentação do Tema 1.1-17
    • A Saudação 1.1-7
    • O interesse de Paulo 1.8-15
    • O tema 1.16-17

2.                  Pecado e Condenação 1.18-3.20
    • A condenação do Gentio 1.18-32
    • A condenação do moralista 2.1-16
    • A condenação do Judeu 2.17-3.8
    • A condenação de todos os Homens 3.9-20

3.                  Justificação e Salvação 3.21-5.21
    • A descrição da Justiça 3.21-31
    • A ilustração da Justiça 4.1-25
    • Os benefícios da Justiça 5.1-11
    • A aplicabilidade da Justiça 5.12-21

4.                  Santificação e Separação 6.1-8-39
    • Os princípios da Santificação: A questão da Licenciosidade 6.1-23
    • A Prática da Santificação: A questão da Lei 7.1-25
    • O Poder da Santificação: A questão da Vida 8.1-39

5.                  A Rejeição de Israel 9.1-11.36
    • O Passado de Israel: Eleição 9.1-29
    • O Presente de Israel: Rejeição 9.30-10.21
    • O Futuro de Israel: Salvação pela Graça 11.1-36

6.                  A Prática da Justiça 12.1-15.13
    • Com relação a nós mesmos 12.1-2
    • Com relação à Igreja 12.3-8
    • Com relação à Sociedade 12.9-21
    • Com relação ao Governo 13.1-14
    • Com relação a outros crentes 14.1-15.13

7.                  Mensagens Pessoais e Benção 15.14-16.27
    • Os planos de Paulo 15.14-33
    • As saudações pessoais de Paulo 16.1-16
    • Exortação final e benção de Paulo 16.17-27

Tema: A Carta aos Romanos: Conhecendo as Doutrinas de DEUS – Fonte: Bíblia Anotada
Elaborado por Pb. Maurício Manfré mauricio.manfre@gmail.com


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Israel e a Igreja: Política ou Profecia?


Israel e o final dos tempos

(Texto organizado por Maurício Manfré)


Donald Trump não é o primeiro presidente que prometeu reconhecer Jerusalém como a capital de Israel e transferir a embaixada americana para lá. Mas ele foi o único a manter essa postura.

Trump fez seu anúncio na semana passada afirmando: "antigos desafios requerem novas abordagens". A decisão foi amplamente considerada como sendo politicamente motivada para agradar seus apoiadores evangélicos que supostamente teriam levantado a questão em diversas reuniões.

O comentário é de Jonathan Merritt, publicado por America, 11-12-2017. Johnnie Moore, o porta-voz efetivo do conselho consultivo de fé do presidente, disse à CNN, que "Esta questão foi - para muitos - secundária, e se preocupou apenas com o julgamento dos principais apoiadores evangélicos do presidente. O presidente Trump, mais uma vez, demonstrou aos seus defensores evangélicos que fará o que ele disse que fará".

Mas a obsessão evangélica de décadas com Israel tem mais a ver com a profecia do que com a política.

Quando ouvi pela primeira vez as notícias sobre o anúncio do presidente, senti que estava de volta à universidade. Em 2000, nos mudamos para a cidade-dormitório de LynchburgVirginia, onde eu frequentaria a Universidade Evangélica da Liberdade. Todos os alunos eram exigidos a fazer aulas de teologia paralelamente aos seus cursos principais e a fazer serviços na capela, três vezes por semana, onde ouviriam sermões que muitas vezes citavam William F. Buckley, assim como o apóstolo Paulo.

Em mais de uma ocasião, oradores evangélicos proeminentes de toda a América declaravam na capela que o fim do mundo estava se aproximando. Como prova, eles citavam o estabelecimento da nação de Israel, em 1948. De acordo com nossa interpretação da Bíblia, este era um pré-requisito para o apocalipse.

Para os evangélicos, a Bíblia não era apenas a história do envolvimento de Deus, no passado. Também serve como um plano para o futuro

Para evangélicos como nós, a Bíblia não era apenas a história do envolvimento de Deus no passado ou um guia para a vida justa no presente. Também serve como um plano de Deus para o futuro. Acreditamos que as escrituras sagradas e o livro do Apocalipse, em particular, anunciaram o dia em que Jesus retornaria à Terra para destruir o mal e oferecer aos seus seguidores um lugar privilegiado no reino de Deus. Nós clamamos coletivamente para que este dia chegue.

A Universidade da Liberdade era um viveiro para a teologia popular entre evangélicos, chamada de "dispensacionalismo" (‘dispensationalism’, em inglês), que divide a história em diferentes eras ou dispensações. De acordo com este ensinamento, quando os judeus do primeiro século rejeitaram Jesus, começou uma nova "era da Igreja" em que os cristãos atuariam como "o povo escolhido por Deus". Esta dispensação continuará até que Deus leve os cristãos ao céu, deixando os "não-escolhidos" para trás, para um período de turbulência. Isto é conhecido como "o arrebatamento".

Enquanto o dispensacionalismo ensina que Deus está atualmente focado na igreja cristã, os crentes nesta teologia afirmam que, quando os últimos dias chegarem, Deus trará o povo judeu de volta a Israel, onde reconstruirão o templo e, finalmente, aceitarão Jesus como o Messias legítimo. Isso desencadeará o retorno de Jesus e seu reinado.

Embora este sistema teológico possa parecer excêntrico para algumas pessoas, seus defensores afirmam que a Bíblia o ensina. Em Gênesis 17, Deus promete fazer de Abraão o pai de uma grande nação, que os dispensacionalistas acreditam ser advinda de uma aliança duradoura. Eles acreditam que Isaías 11 e 66, assim como Ezequiel 37, preveem o retorno dos judeus a Israel. O profeta Zacarias, segundo eles, profetizou que os judeus reocupariam Jerusalém em oposição a muitas nações antes deles finalmente aceitarem as reivindicações messiânicas de Jesus. Os dispensacionalistas também apontam a Apocalipse 7 como prova de que Deus ainda tem planos específicos para as 12 tribos de Israel nos últimos dias.

O Dispensacionalismo tem uma história de séculos e desfruta de uma ampla aceitação entre os cristãos americanos

Dispensacionalismo tem uma longa história de séculos e desfruta de uma ampla aceitação entre os cristãos americanos. O professor da Bíblia do século 19, John Nelson Darby, é considerado o pai do dispensacionalismo. Suas opiniões foram codificadas e popularizadas pela Bíblia de Referência Scofield. Esta teologia se espalhou por toda a América nos anos 1800 com a ajuda de evangelistas como Dwight L. Moody, mas foi impulsionada a novos níveis de popularidade entre meados e o final do século XX.

Na década de 1970, o livro A Grande Agonia do Planeta Terra, de Hal Lindsay, argumentou que o fim bíblico do mundo estava se aproximando rapidamente e vendeu mais de 30 milhões de cópias. Na década de 1990, a série de ficção Left Behind(Deixado para trás, N.T.) colocou vários volumes na lista dos mais vendidos do The New York Times e gerou dois filmes populares. Além da Universidade da Liberdade, instituições como o Moody Bible Institute, em Chicago, e o Dallas Theological Seminary, continuam a treinar jovens líderes cristãos na teologia dispensacional.

É difícil para as pesquisas determinarem exatamente quantos cristãos americanosacreditam no dispensacionalismo. Muitos crentes não conhecem a palavra técnica para o que acreditam. Uma vez que tantas facetas são possíveis, é impossível que o formato das enquetes produza resultados definitivos. Além disso, alguns cristãos que rejeitam o dispensacionalismo como uma teologia ainda acreditam que Deus deseja estabelecer e abençoar Israel como uma nação durante os últimos dias da Terra.

Uma enquete de 2015 informou que 60% dos evangélicos dizem que a nação de Israel foi estabelecida como resultado da profecia bíblica

Uma enquete de 2015 informou que 60% dos evangélicos dizem que a nação de Israel foi estabelecida como resultado da profecia bíblica. 70% dizem que "Deus tem um relacionamento especial com a nação moderna de Israel", e 73% acreditam que "os acontecimentos em Israel são parte das profecias no Livro do Apocalipse". Assim, para muitos evangélicos, a decisão de Trump de mudar a embaixada americana para Jerusalém tratava-se muito mais do que de geopolítica.

Com certeza, nem todos os cristãos evangélicos mantêm essas crenças sobre Israel e os tempos finais. Alguns rejeitam a noção de que as promessas de mais de 4.000 anos, feitas por Deus a Abraão, se aplicariam a moderna Israel.

Como o estudioso bíblico Gary M. Burge argumenta na revista The Atlantic, nem todos os evangélicos acreditam que promover a importância de Jerusalém "é mais um dos blocos de construção no cumprimento das profecias que preparam o cenário para a Segunda Vinda de Cristo". Burge e outros não estabelecem uma conexão entre a nação teocrática de Israel, na antiguidade, e o estado moderno. Esses evangélicos sentem que a decisão de Trump é desnecessariamente provocativa e mina o tipo de paz que os cristãos devem apoiar.

Além disso, pesquisas recentes indicam que os efeitos do dispensacionalismo e das teologias relacionadas ao fim dos tempos podem estar desaparecendo entre os fiéis mais jovens. De acordo com a pesquisa 2017 LifeWay Research, os evangélicos americanos com menos de 35 anos são significativamente menos propensos a ter uma visão positiva da nação de Israel do que os mais antigos, assim como 66% desses mesmos evangélicos acreditam que "os cristãos devem fazer mais para amar e cuidar do povo palestino".

Por enquanto, os mais próximos do presidente Trump ainda mantêm crenças sobre o fim dos tempos que enxergam a promoção e a proteção de Israel como um cumprimento de uma profecia bíblica. Enquanto a decisão da embaixada vem sendo promovida pelos republicanos de Washington como prova de que Trump cumpre suas promessas, os evangélicos veem isso como Deus cumprindo as suas.

Cumprimento das profecias
O aumento do retorno dos judeus à Israel, desde que o país foi reconhecido como Estado em 1948, é visto por muitos teólogos como cumprimento das profecias bíblicas que apontam para o fim dos tempos.
Muitos evangélicos acreditam que os versículos mencionados em Isaías, Jeremias e Ezequiel são profecias que indicam não apenas a recriação do Estado judeu, mas também o ajuntamento do povo judeu na nação.
“Naquele dia, o Senhor estenderá o braço pela segunda vez para reivindicar o remanescente do seu povo que for deixado na Assíria, no Egito, em Patros, na Etiópia, em Elão, em Sinear, em Hamate e nas ilhas do mar. Ele erguerá uma bandeira para as nações a fim de reunir os exilados de Israel; ajuntará o povo disperso de Judá desde os quatro cantos da terra”.
(Isaías 11:11-12)

“Portanto, diga: Assim diz o Soberano, o Senhor: Eu os ajuntarei dentre as nações e os trarei de volta das terras para onde vocês foram espalhados e devolverei a vocês a terra de Israel”.
(Ezequiel 11:17)

“‘Estão chegando os dias’, declara o Senhor, ‘em que esta cidade será reconstruída para o Senhor, desde a torre de Hananeel até a porta da Esquina. A corda de medir será esten­dida diretamente até a colina de Garebe, indo na direção de Goa. Todo o vale, onde cadáveres e cinzas são jogados, e todos os terraços que dão para o vale do Cedrom a leste, até a esquina da porta dos Cavalos, serão consagrados ao Senhor. A cidade nunca mais será arrasada ou destruída’”.
(Jeremias 31: 38-40)

Origem das duas posições (Pacto e Dispensacionalismo): Métodos de Interpretação da Bíblia

O estudioso de escatologia tem como questão mais importante o método de interpretação das profecias na Bíblia.
Os diferentes métodos de interpretação produziram as várias posições escatológicas existentes.
Por exemplo, a diferença básica entre Amilenistas e Pré-Milenistas não é se as Escrituras ensinam um Reino terreno, como ensina o Pré-Milenistas, mas como os versículos que ensinam esse Reino terreno devem ser interpretados. Portanto, antes de qualquer debate sobre as passagens proféticas e sobre as doutrinas escatológicas, é preciso estabelecer o método básico de interpretação.

I. O Método Alegórico
Um antigo método de interpretação que reavivou nestes últimos tempos é o método alegórico.
Qualquer declaração de supostos fatos que aceita interpretação literal e, no entanto, requer ou simplesmente admite interpretação moral ou figurada, é chamada alegoria. É para a narrativa ou para a história, o que as figuras de linguagem são para as palavras simples, adicionando ao sentido literal dos termos empregados um sentido moral ou espiritual.
Às vezes a alegoria é pura, ou seja, sem referência direta à sua aplicação, como na história do filho pródigo. Às vezes é mista, como no Salmo 80, em que simplesmente se insinua que os judeus são o povo que a videira tem por objetivo representar. (Salmo 80:17)
Alegorização é o método de interpretar um texto literário, considerando o sentido literal veículo para um sentido secundário, mais espiritual e mais profundo.
Nesse método, o significado histórico é negado ou desprezado, e a tônica recai inteiramente num sentido secundário, de modo que as palavras ou os acontecimentos primeiros têm pouco ou nenhum significado.

Os problemas do método alegórico
1) O primeiro grande problema do método alegórico é que ele não interpreta as Escrituras. Existe uma liberdade ilimitada para a fantasia, basta que se aceite o princípio, e a única base da exposição encontra-se na mente do expositor.
2) A citação anterior deixa prever, também, um segundo grande problema no método alegórico: a autoridade básica da interpretação deixa de ser a Bíblia e passa a ser a mente do intérprete. A interpretação pode então ser distorcida pelas posições doutrinárias do intérprete, pela autoridade da igreja à qual ele pertence, por seu ambiente social e por sua formação ou por uma enormidade de fatores.
3) Um terceiro grande problema do método alegórico é que não há meios de provar as conclusões do intérprete.
Afirmar que o principal significado da Bíblia é um sentido secundário e que o principal método de interpretação é a "espiritualização" é abrir a porta para imaginação e especulação. Por essa razão, entende-se que o controle na interpretação se encontra no método literal.
Assim, os grandes problemas inerentes a esse sistema são a eliminação da autoridade das Escrituras, a falta de bases pelas quais se podem averiguar as interpretações, a redução das Escrituras ao que parece razoável ao intérprete e, por conseguinte, a impossibilidade de uma interpretação verdadeira das Escrituras.

II. O Método Literal
Em oposição direta ao método alegórico de interpretação encontra-se o método literal.
O método literal de interpretação é o que dá a cada palavra o mesmo sentido básico e exato que teria no uso costumeiro, normal, cotidiano, empregada de modo escrito, oral ou conceitual.
Chama-se método histórico-gramatical para ressaltar o conceito de que o sentido deve ser apurado mediante considerações históricas e gramaticais.
O sentido "literal" de uma palavra é o seu significado básico, costumeiro, social. O sentido espiritual ou oculto de uma palavra ou expressão é o que deriva do significado literal e dele depende para sua existência.
Interpretar literalmente significa nada mais, nada menos que interpretar sob o aspecto do significado normal, costumeiro. Quando o manuscrito altera seu significado, o intérprete imediatamente altera seu método de interpretação.

Os problemas do método literal
1) A linguagem da Bíblia muitas vezes contém figuras de linguagem. É o caso, sobretudo, da poesia.  Na poesia dos Salmos, no estilo elevado da profecia e mesmo na simples narrativa histórica surgem figuras de linguagem que obviamente não tinham o propósito de ser entendidas literalmente.
2) O grande tema da Bíblia é Deus e Seus atos redentores para com a humanidade. Deus é Espírito; os ensinos mais preciosos da Bíblia são espirituais, e essas realidades espirituais e celestiais são muitas vezes apresentadas sob a forma de objetos terrenos e relacionamentos humanos.
3) O fato de que o Antigo Testamento é ao mesmo tempo preliminar e preparatório ao Novo Testamento é tão óbvio que dispensa prova. Ao remeter os crentes de Corinto, a título de advertência, aos acontecimentos do Êxodo, o apóstolo Paulo declarou que aquelas coisas lhes haviam sobrevindo como "exemplos" (tipos). Isto é, prefiguravam coisas por vir. Isso confere a muito do que está no Antigo Testamento significância e importância especiais.  Tal interpretação reconhece, à luz do cumprimento no Novo Testamento, um sentido mais profundo e muito mais maravilhoso nas palavras de muitas passagens do Antigo Testamento do que aquele que, tomadas em seus antecedentes veterotestamentários, elas parecem possuir.






Comparação Entre a Teologia do Pacto e a
Teologia Dispensacionalista
Assunto
Posição do Pacto
Posição Dispensacionalista
Modelo da História
Pacto das Obras com Adão: Pacto da Graça com Cristo em nome dos eleitos (alguns distinguem entre o Pacto de Redenção com Cristo e o Pacto da Graça com os eleitos).
Dividido em dispensações (usualmente sete): Inocência (antes da queda), Consciência (Adão), Governo Humano (Noé), Promessa (Abraão), Lei (Moisés), Graça (Primeira vinda de Cristo), Reino (Segunda Vinda de Cristo). -- (Alguns adicionam sete anos da tribulação e a lei como outra dispensação).
Como a História é Vista
Otimista; Deus está estendendo seu Reino.
Pessimista: os últimos dias se ressaltam por uma crescente maldade que impera no mundo e pela apostasia na igreja.
Propósito de Deus na História
Existe UM propósito de redenção unido.
Existem DOIS propósitos, um terreno (Israel), um celestial (a igreja).
Como os Pactos Bíblicos São Vistos
Existem várias administrações do Pacto da Graça
Marcam-se períodos de tempo onde as demandas específicas de Deus para os homens são distintas.
Relações entre o Antigo e o Novo Testamento
Aceita-se o ensinamento do Antigo Testamento, a menos que tenha sido ab-rogado pelo Novo Testamento.
O Antigo Testamento não tem autoridade, a menos que seja confirmado com o Novo Testamento.
Relação entre Israel e a Igreja
A Igreja é o Israel espiritual, em continuidade com o verdadeiro Israel do Antigo Testamento.
A Igreja é o povo espiritual de Deus, distinto de Israel, o povo físico de Deus.
A Profecia do Antigo Testamento
Refere-se ao povo de Deus, a Igreja.
Refere-se ao Israel étnico.
A Era da Igreja
O propósito redentor de Deus continua sendo desenrolado
É um parêntese entre o passado e a futura manifestação do Reino.
Papel do Espírito Santo
O Espírito Santo está dentro das pessoas através de toda a história. 
O Espírito Santo está dentro das pessoas desde o Pentecostes até o Rapto.
Batismo
Pacto unificado, geralmente (porém nem sempre) usado para respaldar o batismo das crianças. 
Distinção entre Israel/Igreja, freqüentemente utilizado (porém nem sempre) para respaldar o batismo somente dos crentes.
Implicações Sociais
Enfatiza-se "o mandato cultural" 
A única maneira de salvar o mundo é salvando indivíduos; por isso, o evangelismo toma precedência sobre a “ação social”.
Escatologia
Usualmente Amilenista; raramente Pós-milenista; ocasionalmente Pré-milenista.
Pré-milenista, usualmente Pré-tribulacionalista.
Milênio
Simbólico, freqüentemente identificado como a era presente.
Literal, reino terreno de 1000 anos depois da Segunda Vinda.



ESCATOLOGIA

Amilenismo, Pré-Milenismo, Pós-Milenismo e Dispensacionalismo, são termos que confundem muita gente, ainda mais sabendo que a escatologia está longe de ser algo de fácil compreensão, principalmente por tratar de assuntos que estão relacionados ao futuro.
De forma geral, podemos considerar que essas quatro escolas escatológicas dividem opiniões entre os cristãos evangélicos, embora que, mesmo dentro de cada escola, não é raro encontrar quem discorde um do outro. Um fator que complica ainda mais é a presença de estudiosos e líderes teológicos que se posicionam de “lados” diferentes. Entenda o que é escatologia bíblica.
O que podemos afirmar com certeza é que, todo mundo, de uma forma ou de outra, se encaixa dentro de uma dessas quatro visões, até mesmo aqueles que nem sabem que essa divisão existe. Saiba mais sobre as diferentes correntes escatológicas
Para facilitar o entendimento de quem tem alguma dúvida, vejamos abaixo as principais diferenças entre Amilenismo, Pré-Milenismo, Pós-Milenismo e Dispensacionalismo nos pontos fundamentais da escatologia bíblica.

Segunda Vinda de Cristo:
·         Amilenismo: A segunda vinda de Cristo é um evento único e visível a todos, ou seja, não existe o conceito de arrebatamento secreto. No Amilenismo a Segunda Vinda de Cristo em glória e o arrebatamento é uma coisa só. Saiba como será o arrebatamento da Igreja.
·         Pré-Milenismo Histórico: A Segunda Vinda de Cristo e o arrebatamento são o mesmo evento, tal como no Amilenismo.
·         Pós-Milenismo: Igual às visões anteriores, Cristo volta de forma visível e em glória em um único evento.
·         Dispensacionalismo Clássico: A segunda vinda de Cristo será dividida em duas fases, sendo a primeira para arrebatar secretamente a igreja, e a segunda de forma visível e em glória após os sete anos de grande tribulação.




Ressurreição dos Mortos:
·         Amilenismo: Ressurreição geral de salvos e ímpios na segunda vinda de Cristo. Os salvos para reinarem com Deus e os ímpios para condenação eterna.
·         Pós-Milenismo: Da mesma forma como no Amilenismo, salvos e ímpios ressuscitaram de forma geral na Segunda Vinda de Cristo.
·         Pré-Milenismo Histórico: Apenas os salvos ressuscitarão na segunda vinda de Cristo para reinarem com Ele no Milênio, enquanto os ímpios só ressuscitarão no final do milênio para a condenação eterna.
·         Dispensacionalismo Clássico: O Dispensacionalismo exige três ressurreições:
1.      A primeira dos salvos no arrebatamento da igreja;
2.      A segunda dos judeus após os sete anos de grande tribulação (alguns também defendem que os salvos do período da grande tribulação também ressuscitarão nesse momento, enquanto outros acreditam que somente após o milênio eles ressuscitarão);
3.      A terceira dos ímpios após o milênio.

O Anticristo:
·         Amilenismo: Muitos anticristos se levantaram ao longo da história, porém haverá um último indivíduo que será o Anticristo escatológico que surgirá no período de grande tribulação, e regerá um sistema mundial que será contra a Igreja de Cristo. Alguns acreditam apenas em um “sistema anticristo” (governo) e não necessariamente em um indivíduo específico.
·         Pré-Milenismo Histórico: Um indivíduo específico que será o inimigo da Igreja no período de grande tribulação.
·         Pós-Milenismo: O anticristo é qualquer pessoa que persegue e se opõem ao crescimento do domínio da Igreja na terra.
·         Dispensacionalismo Clássico: Um indivíduo que surgirá no período da grande tribulação, que aterrorizará o mundo e perseguirá aos que não negarem o nome de Jesus, porém ele não fará nada contra a Igreja que já foi arrebatada.


A Grande Tribulação:
·         Amilenismo: Somente após o período de grande tribulação é que ocorrerá a segunda vinda de Cristo, ou seja, a Igreja passará pela grande tribulação.
·         Pré-Milenismo Histórico: A Igreja passará pela grande tribulação.
·         Pós-Milenismo: A tribulação é experimentada na presente era. Existem Pós-Milenistas que acreditam em um período final de grande apostasia e tribulação antecedendo a volta de Cristo, e existem outros que defendem que quando Cristo voltar o mundo estará em plena paz e prosperidade. Isso acontece devido a visão sobre o milênio que essa corrente escatológica defende.
·         Dispensacionalismo Clássico: A Igreja será arrebatada antes da grande tribulação, ou seja, não passará por ela.

O Julgamento:
·         Amilenismo: Julgamento geral (juízo final) de todas as pessoas na segunda vinda de Cristo.
·         Pré-Milenismo Histórico: Julgamento na segunda vinda de Cristo e também após o milênio.
·         Pós-Milenismo: Julgamento geral de todas as pessoas na segunda vinda de Cristo.
·         Dispensacionalismo Clássico: Três julgamentos sendo eles:
1.      Julgamento das obras dos salvos no arrebatamento;
2.      Julgamento de judeus e de alguns gentios no final da grande tribulação;
3.      Julgamento geral dos ímpios após o milênio.


Igreja e Israel:

·         Amilenismo: A Igreja é o verdadeiro Israel de Deus, e Deus tem apenas um povo.
·         Pré-Milenismo Histórico: A Igreja é o Israel Espiritual, ou seja, o novo Israel no Novo Testamento, porém Deus tratará com Israel separadamente concernente algumas promessas no milênio.
·         Pós-Milenismo: A Igreja é o novo Israel.
·         Dispensacionalismo Clássico: Para Deus, Israel e Igreja são povos completamente diferentes. A Igreja é um “parêntese” no plano Deus para Israel que foi suspenso, mas será retomado após o arrebatamento secreto da Igreja.

Milênio:
·         Amilenismo: O milênio não é um período literal de mil anos. No Amilenismo o milênio é espiritual onde os salvo reinam com Cristo no céu e sobre a terra, e começou na primeira vinda de Cristo.
·         Pré-Milenismo Histórico: É reconhecido o Reino de Cristo na presente era com a Igreja, porém haverá também um reino milenar e literal no futuro após a segunda vinda de Cristo, com Jesus reinando sobre as nações do mundo (talvez não necessariamente o período seja de mil anos).
·         Pós-Milenismo: Conforme o Evangelho for sendo pregado será iniciado o milênio, onde o mundo inteiro será evangelizado e a maioria das pessoas serão convertidas. A cristianismo será o padrão e não a exceção, ou seja, a plantação será de trigo e não de joio (a referência a Parábola de Jesus é usada para defender esse conceito).
·         Dispensacionalismo Clássico: Milênio futuro e literal após a segunda fase da segunda vinda de Cristo.

Existe também uma variação do Dispensacionalismo conhecida como Dispensacionalismo Progressivo, e ganhou força principalmente nos últimos 20 anos. Essa visão é bem diferente do Dispensacionalismo Clássico e defende a Segunda Vinda de Cristo como sendo pós-tribulacional e o fato de Deus ter apenas um povo, ou seja, rejeita a completa distinção entre Israel e a Igreja feita pelo Dispensacionalismo Clássico.







Fontes consultadas:

Páginas Web (consultadas entre 4 e 11/02/2019)







ROMANOS - ESTUDO #26 – A IMPORTÂNCIA DA AMIZADE

Rm 16.1-16   Devemos receber bem os irmãos que chegam 16:1 Recomendo-vos a nossa irmã Febe , que está servindo à igreja de Cencrei...